Nunca li nada de Olivier Rolin, escritor francês nascido em 1947. Mas da entrevista feita por Alexandra Prado Coelho , no "1000 Folhas" de 29 de Abril, retiro algumas passagens que me parecem interessantes :
- " Escrevemos porque há algo em nós que não compreendemos, que ignoramos, temos um segredo, um incesto sonhador, um assassínio, uma traição fundamental, um pecado original. Há algo sombrio, escondido, no centro das nossas vidas e é em torno disso que escrevemos."
- " O meu país ( a França ) está a tornar-se cada vez mais fechado sobre si próprio, com uma espécie de vontade arcaica de se pôr à margem do resto do mundo, de viver como se vivia em 1950. Além disso, há uma xenofobia latente. Há poucas razões para se estar feliz quando se é francês. "
E sobre os protestos da juventude francesa contra o CPE :
- " Espanta-me que a segurança seja uma ambição para os jovens. Não penso que seja um sonho de um rapaz ou de uma rapariga de 20 anos lutar para ter segurança no trabalho. Nessa idade somos um pouca mais aventureiros, temos mais o gosto do risco. Em 1968 éramos loucos, e hoje não subscrevo as ideias que defendíamos na altura, mas não o fazíamos pela segurança ou para ter uma vida tranquila. Corríamos risco."
1 comentário:
Risco com certeza... mas, ter à partida definido despedimento sem justa causa... sem conhecimento pormenorizado ouso perguntar: não será gozar com o trabalho das pessoas?
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