25/03/07

Porque hoje é domingo : Eusebio

Palavras para quê. Basta verem.

1 comentário:

Anónimo disse...

Um goldie de luxo!
De entre os muitos que vi com estes olhos que a terra há-de comer, no Estádio da Luz ou na televisão, há um que me desperta uma memória imensa: o último do video, creio, em 21 de Março de 1965! Era a segunda mão dos quartos de final da Taça dos Campeões Europeus, contra o Real Madrid. O Benfica havia perdido 2-1 em Madrid. Eu fazia 15 anos (como várias vezes aconteceu nessas famosas quartas-feiras europeias:Tottenham, Ajax e mais). O meu pai, sócio, deu-me como presente de anos um bilhte de lateral para poder ir com ele para o Terceiro Anel (só havia o verdadeiro, o incompleto, para os sócios. Guardei, durante anos, uma bandeirinha de papel que distribuíam à entrada, semirasgada pela frenética utilização ao longo do jogo. O Benfica ganhou por 5-1, numa noite que, essa sim!, correspondeu ao legítimo, único, inapropriável conceito de "noite europeia"! O Estádio vibrou, do primeiro ao último minuto! Como era então,sem necessidade de claques e, sobretudo, a ganhar como a perder. Era o Benfica! Vi bandeiras do Sporting, lembro-me, muitas! Esse golo - o quarto, creio! - foi de perder a cabeça. Nós, o público e o Eusébio, que correu, correu, como sempre e veio celebrar à beira dos sócios, junto aos respectivos anéis! O Araquistain só a viu mesmo no fundo da baliza! No dia seguinte, nem me consegui concentrar na escola! Era (quase) sempre assim, naquelas quintas-feiras.
E o golo contra a Checoslováquia, em Bratislava (1-0), em 65, jornada épica em que garantimos o apuramento para a Inglaterra, a jogar com 10 desde cedo (grave lesão do Fernando Mendes, grande médio do Sporting, que o incapacitou para o futebol)e com o Zé Pereira, do Belenenses, a defender um penalty no fim do jogo. Jogo ao frio, gelado, contra uma das melhores equipas do mundo, nessa altura (e vale a pena dizer que a sua base, o Dukla de Praga de Masopust, também havia ajoelhado - em 62, creio - perante o Benfica.
Grande Benfica! Grandes Memórias!
Abraço António. Cá cheguei, com as tuas explicações. Saudades à tua mulher. Carlos Maria.