Nos anos trinta foram o Nicolau e o Trindade. Depois, nos anos 50, o Alves Barbosa. Depois, já miúdo, lembro-me de em Luanda acompanhar a Volta a Portugal pela rádio e jornais. Os meus ídolos eram Jorge Corvo, João Roque, Peixoto Alves, Joaquim Leão. Ainda os vi correr, uma vez, na marginal de Lisboa a Cascais. Estávamos horas na estrada à espera e depois passavam por nós nuns breves segundos. O ciclismo tinha a magia de ultrapassarmos as preferências clubísticas e preferir os heróis individuais. O meu primeiro ídolo estrangeiro foi o Jacques Anquetil.
Depois, em finais dos anos 60, apareceu o Joaquim Agostinho. Quantas horas passei, com os amigos, agarrado à telefonia a vê-lo subir a Serra da Estrela, os Alpes ou os Pirenéus ? Morreu a 10 de Maio de 1984.
Nesses tempos da minha adolescência quando acabava a época do futebol começava a do ciclismo com as sucessivas voltas. A Itália. A França. A Espanha. A Portugal. O Verão era longo como as férias liceais. E na "Bola" escreviam Carlos Miranda, Carlos Pinhão, Vitor Santos. Não era por acaso que era a "Bíblia".
Hoje ainda é assim. Mas haverá ainda heróis no ciclismo ? Não sei. Mas com o acabar da época futebolística apteceu-me recordar os heróis da minha juventude.
2 comentários:
OLá, António:
Gostei deste seu postal. Sou um fã de ciclismo, que, nos útlimos tempos, tão maltratado tem andado. Os casos de doping sucendem-se. Mas, atenção: não outra modalidade que sekja tão escrtuinada como o ciclismo a esse nível. Leve-se o controlo anti-doping ao futebol com mesma força e, às tantas, descobre-se que nem um campeonato se consegue fazer, por falta de jogadores.
cumprimentos cr
não é fácil esta época...
um abraço
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