My name is Berardo...Joe Berardo

A inauguração do Museu Berardo é hoje.

Há aspectos do contrato com o Estado que serão polémicos. E há que exigir , a quem de direito, que o contrato seja bom para as duas partes. Mas a colecção é boa pelo que vi quando estava em Sintra e pelo que leio. Seria motivo para, apesar das dúvidas, Lisboa estar em festa. Mas como o personagem em causa

não é simpático a muitos fazedores de opinião confunde-se o essencial com o acessório. Se me perguntarem se o personagem me é simpático eu direi : "Não". Mas daí a começar a "arrear" no senhor, vai uma grande distância.

A simpatia que eu e muitos outros possam ter ou não ter por Berardo nada tem a ver com a iniciativa do Museu e com o valor da colecção.

Começa a faltar-me paciência para a fulanização de (quase ) toda a discussão que hoje se faz em Portugal. Mas todos ( que não eu ) lá estarão para o beija mão, jantarada e o que mais houver. Será cinismo ou é para "mamarem" um jantarito à borla ?

E Berardo pode ser boçal ( como lhe chamou Daniel Oliveira ), ou falar mal português, mas parvo é que não é de certeza. E poucos estarão em desacordo com o que diz hoje no "Público" :

" Vai-se a Washington e os museus não são pagos. As pessoas, incluindo a ministra da Cultura, é que ainda não perceberam que é preciso criar nas novas gerações o vício de melhorar a sua cultura.. Mais vale arranjar sponsors do que arrecadar os peanuts das entradas. Deixem entrar as pessoas ! Se o nível de vida português começar a melhorar, então está bem. Para já, vamos dar água a quem tem sede."