24/02/08

Direito à manifestação : mudar uma lei custa assim tanto ?

Pelo que li em jornais e nalguns blogues ditos de referência ( Causa Nossa, Blafémias, Da Literatura e Hoje Há Conquilhas, Amanhã não Sabemos ) a lei ou decreto-lei ou seja lá o que for que regula o direito à manifestação é de 1974, de um governo de Vasco Gonçalves ainda Spinola era presidente . Não haverá por aí um deputado , um só que seja, que proponha a revisão da mesma para que se acabem com estas cenas patéticas de quem diz que a polícia não deve fazer cumprir a lei e quando a faz cumprir é porque regressámos ao fascismo. Ou será que há quem esteja interessado em manter a lei ? Tanto apelo à sociedade civil, tanto paleio da treta e nada. Será assim tão difícil mudar uma lei de 34 anos ?
A bola está do lado dos deputados. Ao trabalho rapaziada, já chega de anti-fascismos de opereta.

1 comentário:

Anónimo disse...

Novo Presidente será o primeiro chefe de Estado comunista de um país da UE
Demetris Christofias vence presidenciais em Chipre
24.02.2008 - 16h55 AFP
O candidato comunista Demetris Christofias venceu as eleições presidenciais em Chipre, suplantando o rival conservador, defensor tal como ele do reinício das conversações com os cipriotas-turcos para pôr fim à divisão que vigora na ilha desde 1974.

Após a contagem de 98 por cento dos boletins, o líder do partido comunista Akel foi declarado vencedor, com 53,5 por cento dos votos, contra os 46,5obtidos por Ioannis Kasoulides, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros de Chipre.

Assim que foram conhecidos os resultados, os apoiantes de Akel saíram às ruas de Nicósia para festejar a vitória do candidato comunista. As buzinas dos automóveis serviram de banda sonora aos festejos, concentrados junto à sede do Akel, com muitos dos partidários do novo Presidente a empunharem bandeiras onde podia ler-se: “Por uma sociedade mais justa”.

Aos 61 anos, Christofias torna-se, assim, o sexto Presidente da República de Chipre – antiga colónia britânica que se tornou independente em 1960 – sucedendo a Tassos Papadopoulos, afastado da corrida na primeira volta das eleições, realizada na semana passada.

Christofias conseguiu nesta segunda volta o apoio do Partido Democrático (Diko), liderado pelo Presidente cessante, tornando-se no primeiro comunista a presidir a um dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE).

Espera-se agora um reinício das negociações com a entidade cipriota-turca que controla o Norte da ilha desde a invasão do Exército da Turquia, em 1974, em reacção a um golpe de Estado promovida por ultranacionalistas cipriotas-gregos.

A República Turca do Chipre do Norte (RTCN) é apenas reconhecida por Ancara, não fazendo parte da União Europeia, uma vez que o plano da ONU para o fim da divisão da ilha foi rejeitado pelos cipriotas-gregos num referendo realizado em 2004, em vésperas da adesão.

“Quero enviar uma mensagem de amizade aos cipriotas-turcos, a mensagem de que temos pela frente um combate comum para reunificar a nossa pátria para que consigamos gerir os nossos assuntos sem intervenção estrangeira”, declarou Christofias, esta manhã, depois de votar.