Ainda bem que vivemos em democracia, se bem que alguns duvidem. Ainda bem que há jornais e jornalistas que investigam os actos de figuras públicas, sejam políticos ou não. Estas investigações têm limitações e por isso na maioria dos casos apenas podem levantar suspeitas. Mas é como diz José Pacheco Pereira "...quando há legítimas suspeitas de actos impróprios, mesmo quando não são ilegais. " (clicar) o jornalista tem de fazer o seu trabalho. É o caso dos actuais artigos de José António Cerejo, para o "Público", sobre actos de José Sócrates ocorridos há cerca de 20 anos.
Quando os actos são ilegais aí estarão os tribunais para os julgar desde que haja quem acuse. Ao visado caberá tomar decisões antes ou depois do julgamento se for esse o caso. Se depois o tribunal o ilibar haverá que pedir responsabilidades aos acusadores.
Quando a suspeita é de que os actos são impróprios entramos no campo moral...mas continuará a caber ao visado tomar a decisão mais adequada, sabendo que nesse caso não haverá julgamento no tribunal mas apenas da opinião pública.
Pena, ou ainda mal, que os artigos em causa sejam já condenatórios e conclusivos. O tom dos mesmos é de que o 1º ministro cometeu ilegalidades ou irregularidades. E a partir daqui está criada uma situação curiosa :
O "Público" diz que José Sócrates é culpado e mesmo que o visado diga que não o é, será o jornal que decide se é ou não.
Tratando-se de um 1º ministro eleito democráticamente cabe aos eleitores decidir, em tempo devido ou antecipado, se esses actos eventualmente impróprios afectaram a capacidade de José Sócrates continuar 1º ministro , na certeza porém que no dia seguinte às eleições os jornalistas continuarão a investigar os seus actos passados... se for reeleito, porque se não o for duvido que o façam.
2 comentários:
O Belmiro não perdoa a OPA falhada à PT.
Se o primeiro ministro se sente difamado pelo Público, deve recorrer aos tribunais e pedir gorda indemnização que lhe complemente a reforma. Já agora, o mesmo deve fazer Telmo Correia que, segundo o mesmo Público, assinou 300 despachos na madrugada em que saíu do governo, sendo um deles o tal que oferece o edifício do Casino à Estoril Sol...
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