28/09/08

Cadernetas prediais, certidões de óbito, livros

A necessidade de actualizar uma Caderneta Predial de uma casa da família, ali para o Concelho de Pinhel, que vamos vender fez-me precorrer na 2ª feira, dia 15 de Setembro, Repartições de Finanças e Conservatórias do Registo Civil , em Lisboa. Na Conservatória tive que ir pedir Certidões de Óbito. De uma Avó e de um Tio-Avô. Ambos do lado do Pai.
Forma estranha de conhecer melhor a Avó paterna, Elisa, que morreu em 1962. Tinha eu 9 anos. Ainda me lembro das lágrimas do meu Pai. Como vivia em Luanda e ela em Lisboa conhecia-a mal. Só em 1959 a conheci, quando o Pai veio gozar a chamada graciosa. Um ano na então Metrópole. Eu tinha 6 anos. A Avó 67. As fotos que ainda existem fazem com que não esqueça o seu rosto. As histórias dos mais velhos recordam-me a protecção que me deu quando resolvi mergulhar no lago dos cisnes no Parque Eduardo VII, em Lisboa. Consta que estava à pesca (!?). Actividade que desde essa data abandonei.
Pela Certidão de Óbito fico a saber a causa da morte, o local, o dia e hora, a idade. Que afinal nasceu em Alverca da Beira quando estava convencido que tinha sido em Coimbra. Estão tembém lá os nomes dos meus bisavós. Informação que faz com que a conheça melhor mas não a traz de volta.
Ao fim do dia, já depois das repartições terem fechado desci até ao Chiado. Passo à FNAC e à BERTRAND, onde compro o livro " Educação para a morte" do Filipe Nunes Vicente, editado pela Bertrand. Não por causa da história que conto acima mas porque gosto de ler o Filipe no blogue Mar Salgado . Ainda me sento na esplanada da "Brasileira" para uma bica e uma Água das Pedras. Passo os olhos pelo livro enquanto turistas se sentam ao lado do Fernando Pessoa para a foto da praxe. No sossego de casa vou lê-lo com atenção.
Nota : este era o post que eu pensava ter perdido no dia 17 de Setembro para minha irritação. Hoje verifico que afinal "reapareceu" nos rascunhos. Dou-lhe uns pequenos retoques e aqui está.

4 comentários:

ortega disse...

Então e o Benfica? Não há comentários?

António P. disse...

Caro Ortega,
De futebol como terás reparado falo do Liverpool e de certos personagens...isto para evitar estragar amizades.
Do GLORIOSO falo ou quando perde ou quando outros falam mal quando ganhamos.
Um abraço

Anónimo disse...

A "Paris em Lisboa" continua uma maravilha. Um arranjo, uma beleza um perfume...

FNV disse...

eh eh eh...um abraço, António.