31/12/08

2008 : a melhor ministra de Portugal e possivelmente do mundo


Ana Jorge, Ministra da Saúde

Quando, daqui a uns anos, os historiadores fizerem a história da saúde em Portugal baseados nas leituras das crónicas dos nossos tempos ( jornais, telejornais, noticiários da rádio, discursos dos políticos da oposição, etc ) o ano de 2007 até finais de Janeiro de 2008 foi o ano horribilis.
Foi o ano em que todos os dias nasciam crianças em ambulâncias. Que foram fechadas urgências. Que dia sim dia não os velhos caiam das macas nos corredores dos hospitais. Que o INEM não funcionava. Ou quando funcionava chegava já o doente estava morto. Que as ambulâncias não chegavam para as encomendas. Para já não falar das criancinhas que passaram a nascer em Espanha porque todas ( ou quase ) as maternidades foram fechadas. Etc, etc...
Mas eis que a 30 de Janeiro de 2008 toma posse a ministra Ana Jorge. E não é que de um dia para o outro tudo aquilo deixou de acontecer e 2008 foi um ano perfeito. É obra.Terá sido por ter sido recomendada por Manuel Alegre ? Terá sido porque passou a ser acompanhada, em tudo o que foi inauguração, pelo Exmo. Sr. Bastonário da Ordem dos Médicos ? Mistérios. Ou talvez não. É que há pessoas extremamente dotadas, pena serem descobertas a tarde e más horas.

Por isso não hesito neste prémio, que pode ser levantado no Palácio de Belém.

4 comentários:

tiomanuel disse...

Talvez fosse melhor atribuir o prémio aos Media que perceberam que afinal não era assim tanta a desgraça, que afinal não nasceram assim tantas criancinhas em ambulancias e que afinal as mães até gostam de ter filhos em Badajoz (?).
Para completar a desgraça nem fogos houve (será que o Deus do Fogo também é Ministro deste governo?).
Felizmente que a crise e os professores vieram salvar a casa.

Anónimo disse...

... e trouxeram uma lufada de ar fresco.

Cristina disse...

Depois do tempo, outro tempo virá. Feliz 2009.

Jorge Pinheiro disse...

Cá está mais outra Ministra sensata. Não só não afirma que foi ela que inventou as vacinas, como não obscurece o Chefe, ocupado em baixar a Euribor, em particular e a dar cabo da crise em geral.