03/02/09

Justiça popular, que saudades

Que saudades dos tempos em que os homens eram homens. Em que não havia a cambada de mariquinhas que há agora. Bastava uma corda. O cavalo era facultativo e as testemunhas e juizes também. Juntavam-se uns valentões, de preferência armados, e prendiam o suspeito. Liam-se umas orações e a corda fazia o resto. E ainda enterravam condignamente o morto. Eram homens de fé e de barba rija.
Agora com a cambada de mariquinhas e queixinhas que andam por aí, já não se usa a corda. Há magistrados e polícias. Viva o luxo. Inicia-se o processo judicial. Trabalho meticuloso, de retaguarda. Chato. Sem visibilidade. Vai daí, há que dar-lhe essa visibilidade. Nada melhor que ir dando aos jornalistas peças do processo. Estes juntar-lhe-ão um pouco de sal e pimenta. Farão outras investigações, de preferência que não tenham nada a ver com o caso em julgamento. Depois agita-se e serve-se em debates televisivos ou foruns radiofónicos. O ruido aumenta. A massa começa a mover-se e a tomar a decisão. Os mais cínicos tratam de acalmá-la. Dizem que vivemos num estado de direito e há que esperar pela decisão dos tribunais.
Quando essa decisão vier de nada servirá. Se for culpado a massa dirá : " nós não diziamos ?!". Se for inocente a massa dirá : " a polícia e os juízes estão feitos com os poderosos, para nós será sempre culpado."
Escolha-se o próximo. The show must go on. Até ao dia em que volte a corda.

3 comentários:

Anónimo disse...

"Ama e faz o que quiseres"

Al Kantara disse...

Não tem a ver com o teu post mas vai ao meu blog e vê o desafio que te passei...

Jorge Pinheiro disse...

Pois, arricamo-nos a isto!