EXPOSIÇÃO 25 de Março a 24 de Abril ‘09 Sala de Exposições da EUAC, das 9:00h às 18:00h [Inaugura na Quarta-feira, 25 de Março, às 17:00h]
Roberto Barbosa, nasceu a 4 de Março de 1953 na ilha do Fogo, em Cabo Verde. Passou a infância entre a ilha do Fogo e Lisboa, acabando por permanecer na capital portuguesa, primeiro para continuar e acabar a sua formação e depois para criar a sua vida em Paço de Arcos, perto do mar e de Lisboa. Desenvolveu a sua carreira de professor e fotógrafo até à sua morte, na manhã de 4 de Junho de 2007. A sua formação na Faculdade de Belas Artes, acabou por ser a base de onde partiu para o curso de fotografia no ARCO, onde logo se tornou monitor (1975) e pouco depois professor (até ao fim da sua vida). Durante este período iniciou a sua vida profissional como fotógrafo, integrando-se num grande grupo ligada à Fundação Calouste Gulbenkian, a empresa Partex-PSC. Nesta empresa, que desenvolvia comunicação num departamento próprio de imagem e design (sobretudo para clientes internacionais), realizou grande parte da actividade profissional como fotógrafo (de 1980 a 1999). Paralelamente multiplicou a sua acção enquanto professor de fotografia, integrando o corpo docente do Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing (IADE), onde também se manteve em trabalho até ao seu falecimento, como professor bastante activo e coordenador do Departamento de Audiovisuais. Desde há alguns anos (depois de se desligar da empresa Partex-PSC), começou uma nova vida profissional, fotografando para publicidade, documentação e divulgação. Em 2004, depois da recuperação feliz de uma cirurgia cardíaca, abriu o blogue robbar.blogspot.com para publicar imagens fotográficas captadas com um telemóvel, para incentivar os alunos a uma prática imediata, cultivada e partilhada da fotografia. Tornou-se num aceso caso de passagem de muitos dos novos e antigos alunos, a que se foram juntando amigos, curiosos e visitantes ocasionais. No dia da sua morte foi o ecrã onde muitos vieram despedir-se, perante o espanto pela morte súbita e uma forma virtual de presença. Toda a obra fotográfica, ainda desconhecida, acaba por encontrar no seu blogue a sua expressão (ainda acessível) mais simplificada e deslumbrante. Foi constantemente um fotógrafo de passagem, entre amigos e clientes, menos interessado no trabalho preparado ou encenado e mais intuitivo na procura da ironia na realidade. Requintou o uso do título para cada fotografia e deu sempre sentido ao tempo em que publicava as suas imagens, criando uma forma de imagem que, quase sempre pela ironia, apelava ao humor pela vida. Para este blogue utilizou sempre (e deliberadamente) o mesmo telemóvel Nokia 7650 (um dos primeiros aparelhos com qualidade fotográfica melhorada). Persistiu no seu uso (entre várias reparações) pela plasticidade da imagem fotográfica que produzia, muito próximo de uma câmara Polaroid mas com a vantagem extraordinária de se assumir facilmente não enquanto câmara, mas apenas como telemóvel, abrindo acesso a uma partilha mais próxima com determinados instantes da realidade, sem os ferir ou mesmo afectar. Para lá da fascinante atitude com humor perante a realidade, do momento no quotidiano que se torna numa interrogação visual, há uma capacidade de resposta no acto de fotografar que deixou intrigantes composições sem qualquer forma posterior de manipulação. São imagens vivas.
Roberto Barbosa, nasceu a 4 de Março de 1953 na ilha do Fogo, em Cabo Verde. Passou a infância entre a ilha do Fogo e Lisboa, acabando por permanecer na capital portuguesa, primeiro para continuar e acabar a sua formação e depois para criar a sua vida em Paço de Arcos, perto do mar e de Lisboa. Desenvolveu a sua carreira de professor e fotógrafo até à sua morte, na manhã de 4 de Junho de 2007. A sua formação na Faculdade de Belas Artes, acabou por ser a base de onde partiu para o curso de fotografia no ARCO, onde logo se tornou monitor (1975) e pouco depois professor (até ao fim da sua vida). Durante este período iniciou a sua vida profissional como fotógrafo, integrando-se num grande grupo ligada à Fundação Calouste Gulbenkian, a empresa Partex-PSC. Nesta empresa, que desenvolvia comunicação num departamento próprio de imagem e design (sobretudo para clientes internacionais), realizou grande parte da actividade profissional como fotógrafo (de 1980 a 1999). Paralelamente multiplicou a sua acção enquanto professor de fotografia, integrando o corpo docente do Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing (IADE), onde também se manteve em trabalho até ao seu falecimento, como professor bastante activo e coordenador do Departamento de Audiovisuais. Desde há alguns anos (depois de se desligar da empresa Partex-PSC), começou uma nova vida profissional, fotografando para publicidade, documentação e divulgação. Em 2004, depois da recuperação feliz de uma cirurgia cardíaca, abriu o blogue robbar.blogspot.com para publicar imagens fotográficas captadas com um telemóvel, para incentivar os alunos a uma prática imediata, cultivada e partilhada da fotografia. Tornou-se num aceso caso de passagem de muitos dos novos e antigos alunos, a que se foram juntando amigos, curiosos e visitantes ocasionais. No dia da sua morte foi o ecrã onde muitos vieram despedir-se, perante o espanto pela morte súbita e uma forma virtual de presença. Toda a obra fotográfica, ainda desconhecida, acaba por encontrar no seu blogue a sua expressão (ainda acessível) mais simplificada e deslumbrante. Foi constantemente um fotógrafo de passagem, entre amigos e clientes, menos interessado no trabalho preparado ou encenado e mais intuitivo na procura da ironia na realidade. Requintou o uso do título para cada fotografia e deu sempre sentido ao tempo em que publicava as suas imagens, criando uma forma de imagem que, quase sempre pela ironia, apelava ao humor pela vida. Para este blogue utilizou sempre (e deliberadamente) o mesmo telemóvel Nokia 7650 (um dos primeiros aparelhos com qualidade fotográfica melhorada). Persistiu no seu uso (entre várias reparações) pela plasticidade da imagem fotográfica que produzia, muito próximo de uma câmara Polaroid mas com a vantagem extraordinária de se assumir facilmente não enquanto câmara, mas apenas como telemóvel, abrindo acesso a uma partilha mais próxima com determinados instantes da realidade, sem os ferir ou mesmo afectar. Para lá da fascinante atitude com humor perante a realidade, do momento no quotidiano que se torna numa interrogação visual, há uma capacidade de resposta no acto de fotografar que deixou intrigantes composições sem qualquer forma posterior de manipulação. São imagens vivas.
Carlos Costa, Laboratório de Audiovisuais, IADE
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EUAC Escola Universitária das Artes de Coimbra www.arca.pt/euac info@arca.pt
T. +351 239 497 400
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Via Design ao Litro
4 comentários:
Estou a pensar lá ir. Podíamos combinar, caso vás.
Também vou.
Fui visitar o blog. Tenho pena de não ter conhecido mais cedo. Obrigado pela divulgação.
Grande Roberto :)
Grande texto Professor Carlos!:)
Grande Professor Carlos...
Beijos aos melhores professores do MUNDO! :*
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