01/11/09

DEMITO-ME

Tão simples. Ou antes parece. O meu pai sempre me ensinou que, em certas situações, a demissão é sempre uma alternativa.
Eu até já o fiz várias vezes. Quando mudei de emprego, em seis ocasiões. Ia para melhor. Por mútuo acordo. Civilizadamente. Mas só uma vez o fiz por estar em desacordo com o meu chefe directo. Mas preferi assim do que estar envolvido em situações pouco claras. Depois dediquei-me ao meu próprio negócio. Fiquei farto de trabalhar para terceiros e aturar chefias. Um risco, à época. Mas não gosto de situações pouco claras. Já passaram 11 anos. Não estou rico, mas ainda estou vivo e divirto-me.
Nunca estive envolvido em situações com a justiça e por isso é díficil vestir a pele dos outros quando a dita justiça nos constitui arguidos.
Mesmo nessa ignorância, se estivesse na posição de Armando Vara e José Penedos demitia-me.
Mas também exigia rapidez à justiça. À PJ, ao Ministério Páublico e aos Tribunais para que o julgamento não se iniciasse daqui a anos.
No fim, se os Tribunais decidissem pela minha inocência pediria a respectiva indemnização a quem de direito.
Talvez a justiça começasse a funcionar melhor e mais depressa.

2 comentários:

Anónimo disse...

Mas eles não se demitem porque têm culpas no cartório. Só por isso e nada mais.
Se fossem sérios, eram os primeiros a EXIGIR justiça.
Assim e como sabem que nada lhe acontece, veja-se que só o que paga luvas está em prisão preventiva, mantêm-se no poder à espera que o tempo passe e tudo se esqueça.

Al Kantara disse...

E só o corruptor está em prisão preventiva porque está indiciado por outros crimes mais graves que corrupção activa. Se fosse só por pagar luvas não poderia ser preso preventivamente...