1%. Surpreendente.

" SURPRISE ! Crescemos 1%" (clicar)

Razão para euforia ? Não.

Razão para desconfiarmos dos gurus, sejam eles ex-ministros das finanças ou agências de rating ou ainda fazedores de opinião de pacotilha ? Sim.

Razão para pensarmos que as medidas tomadas pelo Governo, quer antes da crise de 2008 quer durante a mesma, produziram algum resultado ? Talvez.

Razão para pensarmos que os empresários e gestores sabem o que têm que fazer para que as empresas possam ser rentáveis ? Sim, de certeza. Pelo menos muitos deles.

A realidade é cada vez mais complexa. Há cada vez mais variáveis em jogo. Os tempos dos planos quinquenais e das carreiras para a vida já foram à sua vida. A mudança é diária. A maioria tem medo da mudança. No passado o nosso concorrente vivia na nossa cidade, hoje vive na China ou no Chile e chega ao mesmo tempo que nós ao cliente que vive na nossa rua. Saber tomar a decisão em tempo útil é cada vez mais difícil. Mas não tomar decisão nenhuma é morrer. Mais vale uma má decisão que decisão nenhuma.

Por isso é fácil ser treinador de bancada. Mais difícil é ser treinador. Aí temos o José Mourinho para o provar.

Mais fácil ainda, é ser "Velho do Restelo". Que hoje reside no Palácio de Belém e que na passada 2ª feira recebeu outros 10 velhos ( sem ofensa ) que tinham sido ministros das finanças. Das suas propostas ficámos a conhecer raspas. Mais difícil é gerir empresas e tomar decisões. Aí temos os empresários portugueses a prová-lo.

Por isso seria boa ideia o Governo não atrapalhar e muito menos suspender investimentos estruturantes que facilitam a vida às empresas. Bem sei que o poder está mais em Bruxelas ( ou será em Berlim ? ) do que em Lisboa. Então que façam o trabalho de casa e que apanhem o avião para explicarem aos eurocratas ( e já agora ao português comum ) os benefícios , para a economia portuguesa e europeia, dos projectos que defendem. Ou já não defendem ?