Faz hoje 70 anos.
Foi a 28 de Maio de 1940 que, numa reunião alargada do Gabinete de Guerra , Churchill afirmou :
" Continuaremos a lutar, aqui ou em qualquer outro lugar, e se, por fim, a nossa longa história tiver de acabar, que não seja por via da rendição, mas só quando os nossos corpos tombarem inanimados no solo."
( notas do diário de Hugh Dalton transcritas na página 13 do livro de John Lukacs " Cinco Dias em Londres " da Alêtheia Editores ).
O momento de viragem da II Guerra Mundial. A Grã-Bretanha não capitula perante as ameaças da Alemanha nazi. A 29 de Maio começam os planos para a evacuação de Dunquerque.
A importância desta data nas palavras de John Lukacs ( pág. 203 do referido livro ) :
" Em Maio de 1940, nem os Estados Unidos nem a União Soviética estavam em guerra com a Alemanha. Nessa altura havia razões para que o governo britânico tentasse encontrar pelo menos um compromisso temporário com Hitler. Mas Churchill reflectiu e disse que não, que mesmo quaisquer movimentações cautelosas poderiam significar a queda por uma encosta escorregadia; e tinha razão, não só em termos morais. Se em Maio de 1940 a Grã-Bretanha tivesse desisitido de combater, Hitler teria vencido a sua guerra. Assim, nunca esteve mais perto da vitória que durante aqueles cinco dias de Maio de 1940 - só que, graças a Deus, não sabia disso. Pensava que, mais tarde ou mais cedo ( de preferência mais cedo), Churchill teria de abandonar o seu cargo. E nesse aspecto Hitler falhou porque Churchill se conseguiu impor. Repito aqui o que já disse na primeira página deste livro : Churchill e a Grã-Bretanha nunca poderiam ter ganho a Segunda Guerra Mundial, quem acabou por fazê-lo foram a América e a Rússia. Mas em Maio de 1940 foi Churchill quem não a perdeu."
(*) Uma sugestão de Laurence Rees (clicar)
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6 comentários:
Façamos também um brinde a Sir Wiston Churchill. A propósito, não deixem de provar as seguintes iguarias:
Bolo de Caramelo (Faial), Esperanças (São Miguel), Cornucópias (Terceira), Pastéis de Arroz (Graciosa)e as Cavacas (Sta. Maria).
Falando a sério, temos que fazer uma grande reflexão sobre a U.E.
"... Na Europa, depois das hostilidades de Maio de 1945, foi-nos concedido um longo período de paz, como o nosso continente provavelmente nunca tinha conhecido
em toda a sua história. Em boa parte, isto deve-se ao mérito da primeira geração de políticos do pós-guerra-Churchill, Adenauer, Schumann, De Gasperi - para quem vai nesta hora o nosso muito obrigado. Devemos estar gratos pelo facto de que, na reconstrução do mundo ocidental depois da guerra , não tenha sido determinante a ideia de punição ou até de vingança e de humilhação dos vencidos, mas que se tenha garantido o respeito pelos direitos de todos; que, em vez de competição tenha havido colaboração, permuta recíproca, um aprender a conhecer-se e uma amizade na diversidade, na qual cada uma das nações conservaram a sua identidade numa responsabilidade comum pelo respeito do direito, depois da sua perversão anterior. O eixo de toda esta política pacificadora foi a ligação da acção política à moral.
... Relançar estas questões é tanto mais importante quando se tem em conta que o debate no seio da União se concentra, muitas vezes, e exclusivamente , nas questões económicas , quando se presencia que a política externa navega ao sabor das ondas e a política interna carece de um projecto consistente...."
in "Europa,os seus fundamentos hoje e amanhã-Joseph Ratzinger-Paulus Editora 2005
Caro António
Respeito a tua admiração por este senhor, no entanto, é bom não esquecer as matanças por ele comandadas enquanto jovem, na Irlanda.
Ortega
Errata:
"Schuman" e não Schumann"
:))
Adorava saber, se possivel, onde Galeota arranja os bolos da Esperança de S.Miguel de que tenho tantas saudades e nunca mais comi...já lá vão alguns anos.Vendem-se em Lisboa?
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