09/12/10

Nem sabem como é bom viver na província

Continuo isolado,como sabem os que leram o meu post anterior.
Acordo cedo. Há que ir fazer análises de sangue à vila. Chegamos ( eu e a cara metade ou C. ) às 8h 30m. O local, um espaço ao lado da Igreja da Misericórdia, já está aberto. A senhora que o abre para o efeito, todas as terças e quintas, limpa o chão. Já lá está um cliente. Falamos de doenças e de doentes da terra.  A analista, que vem de Évora, chega 15 min. depois. Saimos às 9 horas. Matabichamos no café do Sr. Travassos. Está cheio. Só mulheres. Apesar da crise vão lá matabichar. São , a maioria, novas. Falam dos filhos e de histórias de quando eram miúdas. O ambiente é alegre. Compro ainda o jornal e regresso a casa.
A estação dos C.T.T. só abre às 10h. Voltamos à vila. Deixo C. no posto médico e vou à estação dos C.T.T.  recolher o correio, estamos fora da zona de distribuição porta a porta. Depois vou fazer o euromilhões, há que reinvistir os 16,15 euros que ganhei a semana passada. Apanho C. na farmácia. Não havia as pastilhas para a garganta, mas  uma velhota  tentou vender-lhe um perú que foi  " alimentado só com comida do campo". Não teve sucesso. A minha mulher não é grande apreciadora de carne de perú. E desde que, aqui atrasado, me oferecerem um leitão para o jantar de  24 de Dezembro, o perú quase foi expatriado. Eu não deixei. Era uma tradição da minha família. Nunca faltou, nem mesmo em Luanda, quando eu era criança.
Almoçamos em casa.
De tarde vamos a Évora. Mais um exame médico. Às 15 h 30 min, numa clínica que até parece que estamos nos states. Moderna. Limpa. Funcional. Onde se cumprem os horários.  Saimos às quatro e quinze e tomamos café com uma cliente nossa. Deixamos o carro na Rua do Raimundo e vamos a compras de Natal no comércio tradicional da cidade. Passamos ao Giraldo. Entramos e saimos em várias lojas. O movimento é reduzido. Conseguimos comprar prendas para 15 pessoas. A maioria familiares. Desde netas a primos. E variadas. Desde robes para crianças até biscoitos de azeite, passando por livros. Produto que continuamos a oferecer aos mais novos e não só. Há que ser presistente. São 19 h., as lojas começam a fechar. Regressamos. Chegamos a casa às 19 h 45 min. Antes ainda fui meter gasolina. Damos de comer ao cão ( o já famoso "Coffee" ). Jantamos ao som  de jazz. Vantagens de a televisão estar avariada.
Agora estamos a embrulhar as prendas e a colocar as etiquetas com o " De: ...... Para :....."
Durmam bem e nem pensem vir viver para a província.

3 comentários:

Jorge Pinheiro disse...

Para ti a expressão não se aplica. Nós é somos estúpidos... Abraço.

papoila disse...

Bem boa, essa vida no campo!
Beijos aos 2!

Galeota disse...

... e deitámo-nos, tendo previamente dado umas bombadas,no quarto, de "Durma bem"(Fábrica de Produtos Chimicos - Albrecht Lobe - Porto).