Um exemplo de produtividade nula

De uma forma simples podemos dizer que a produtividade é o ratio entre um output e um input.

Falando português, é a relação entre a quantidade produzida e os recursos gastos nessa produção.

Estive a fazer umas contas sobre a produtividade da actual Comissão Política do PSD.

Comecei por analisar a composição da Comissão Política .  É constituida por 21 elementos assim distribuidos : 1 Presidente, 6 Vice-Presidentes, 1 Secretário Geral, 3 Secretários Gerais Adjuntos e 10 Vogais.

Verifico que tomou posse há 372 dias. Para efeitos de simplificação e dando o direito aos ditos elementos de terem passado uns dias na borga a celebrar a vitória de Pedro Passos Coelho no Congresso  de 2010, vou considerar que começaram a trabalhar há 1 ano.

Um ( 1 ) ano de trabalho, retirando os fins de semana , feriados e 1 mês de férias, merecido no caso em análise, corresponde grosso modo a 226 dias de trabalho.

O que em termos de horas x homem por ano, para um horário de 8 horas /dia é equivalente a 1.808 horas.

Sendo a Comissão Política constituída por 21 elementos significa que a mesma trabalhou trinta e sete mil e novecentas e sessenta e oito horas ( 37.968 h ) no 1º ano de actividade, que agora se concluiu.

Encontrámos assim o nosso input , ou seja 37.968 horas de trabalho.

Como cidadão considero que o output esperado de uma Comissão Política, de qualquer partido, é apresentar propostas concretas para governar o país se e quando lá chegar , ao Governo para uns, ao Pote para Pedro Passos Coelho ( não, não é o restaurante da Av. João XXI , em Lisboa, onde por acaso vai hoje haver uma jantarada de pessoal que andou comigo no Técnico mas ao qual não posso ir, desculpem a interrupção ).

Verifico, hoje, que o nº de propostas apresentado é zero, donde zero a dividir por 37.968 horas de trabalho é zero.

Conclusão : a produtividade da actual Comissão Política do PSD é zero.

Mau exemplo para os restantes 9.999.979 potugueses.