Todos a conhecerão. A dita regra, também conhecida por " Princípio de Pareto ".
Quando andava na vida de consultor também a aplicávamos quanto às decisões a tomar.
É simples. Acorde. Tome banho e um bom pequeno almoço. Depois sente-se e liste as 10 decisões que tem que tomar por ordem decrescente de importância. Normalmente andamos há que séculos a adiar as mais importantes, enquanto nos entretemos a resolver as mais pequenas e inventamos todos os dias outras ainda menos importantes.
Depois decida resolver, nesse dia ,as duas mais importantes, ou seja 20%.
Vai ver que 80% das suas preocupações e angústias desaparecem.
Lembrei-me disto agora que temos novo Governo que apresenta , hoje, o respectivo programa.
Quando estaria à espera que o Governo o apresentasse e nos informasse quais as medidas mais importantes que iria aplicar e já , sou surpreendido pelo facto de o novo 1º Ministro ir já apresentar medidas adicionais.
Adicionais a quê ? E porquê ?
Os cidadãos já terão aceite, com mais ou menos resignação , que as medidas da Troika são para aplicar.
E já se terão preparado para saberem viver com elas e planeado a sua vida para esta nova situação.
Mas também estariam à espera que as mesmas fossem aplicadas nos prazos definidos e no fim se fizesse o balanço para ver qual o resultado das mesmas para , de seguida, se aplicarem ajustes e melhorias que permitssem a todos verificar se a luz ao fim do túnel começava a brilhar.
Não estariam à espera ( pelo menos eu não estava ) que levassem já em cima da cabeça com um pacote de medidas ditas adicionais que , tudo indica, ainda nos vai complicar mais a vida. Além de que assim nunca perceberemos se as medidas previstas deram ou não resultado. Mais para a frente teremos mais medidas adicionais porque as da Troika não resultaram ou porque as ditas adicionais também não resultaram ?
Penso que nunca saberemos.
O novo Governo parece que vai entrar cometendo os mesmos erros que criticava ao anterior.
Continuaremos na espiral de medidas atrás de medidas sem tempo para verificar quais as que resultaram ou não.
A ver vamos. Mas convém não esquecer as pessoas, o dito povo. Que rapidamente passa de resignado a revoltado. E geralmente por coisas "menores". Só me lembro do aumento das portagens da Ponte 25 de Abril quando Cavaco Silva ( ou o Aníbal como diria o Álvaro ) foi 1º Ministro.
Espero bem enganar-me.
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