O que mais me chateia na actual situação, acreditem, nem é tanto as medidas de austeridade e os dias duros que já se vivem e que mais duros serão no próximo ano.
Que quem actualmente está no poder tinha dito o contrário, há poucos meses, do que anda a fazer não me chateia, repugna-me.
Diziam que sabiam como fazer diferente e que não pediriam mais sacrifícios aos portugueses. Realmente numa coisa acertaram, não nos estão a pedir mais sacrifícios, estão a assaltar-nos.
Mas agora que estamos a ser assaltados já não há os professores ofendidos que vinham aos milhares para a rua, nem os "espontâneos" que faziam esperas a dirigentes partidários à frente das respectivas sedes, nem indignados acampados, nem sindicalistas felizes porque se atiravam ovos a ministros (não estou a sugerir nada), nem artistas a promoverem abaixado assinados para demitirem Ministros da Cultura ( pois, agora é só Secretário de Estado ), nem magistrados do Ministério Público a pedir audiências ao Presidente da República (antes pelo contrário até apoiam a nova ministra) e ao 1º ministro (o actual) ninguém chama mentiroso.
Todos os dias o governo (??) anuncia medidas sem que tenha ouvido as partes envolvidas mas deixei de ouvir queixas sobre a falta de diálogo.
As televisões, agora, depois de ouvirem ou darem tempo de antena a um governante deixaram de ir a correr ouvir os partidos da oposição, mais os sindicalistas e todo o bicho careta que se oponha ao que o dito disse. Felizmente que já não há asfixia democrática.
E depois ainda temos o Zézinho (o Gomes Ferreira, comentador/jornalista (??) da SIC), qual verme que agora não vê alternativas a nenhuma das medidas governamentais e que se baba só de ouvir falar no nome do Sr. Ministro das Finanças.
Tudo isto me chateia e o Zézinho repugna-me.
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