Jogos florais

Num momento em que a maioria dos cidadãos tem que fazer, diariamente, contas para saber se no dia seguinte pode comer ou manter os filhos a estudar;

num momento em que a maioria dos cidadãos não se sente representada e defendida pela classe política (para não dizer que a detesta);

num momento em que o desemprego aumenta bem como as falências de empresas, nomeadamente as pequenas e médias;

será pedir de mais a quem governa ou quer vir a governar que se concentre em apresentar propostas para resolver os problemas dos cidadãos, em vez de se entreterem com jogos florais tais como propor a redução do número de deputados ou atirarem para o ar nomes de putativos candidatos para câmaras municipais ou ainda perderem tempo a falar de tudo e de nada como se soubessem do que estão a falar?

E, já agora, não vale a pena encharcarem-nos com centenas de propostas, bastam dez ou doze que sejam claras e que os cidadãos possam perceber para assim se mobilizarem para que as mesmas se concretizem.