12/10/12

O caos

Nas conversas com os meus botões já tinha previsto que este governo (??) se arriscava a levar-nos ao caos.
Ontem, percorrendo os diferentes programas televisivos de debate/ análise política, verifiquei que muitos dos fazedores de opinião disseram, alto e bom som, que estamos no caos.
Caos criado por um governo que vai conseguir que da indignação se passe à resistência e à revolta.
É o que acontece quando se atinge a dignidade dos cidadãos.
Cidadãos que até estavam dispostos a sacrifícios, como ficou provado durante o 1º ano de governo (??), mas que não estão dispostos, e bem, a ser tratados de forma indigna por quem os governa.
E a indignidade não é só assaltá-los de forma tão violenta, não é só ver que as promessas foram metidas numa gaveta, é também, acima de tudo, ouvir os governantes culpabilizá-los da situação (a já famosa: "andaram a viver acima das vossas possibilidades, por isso têm de ser castigados") e não ouvirem uma só palavra do governo (??) que explique porque é que os objectivos orçamentais não foram atingidos e porquê estas medidas e não outras. Ouvi-los falar só de números e de instituições internacionais e nunca dos cidadãos.
Chegados ao caos, só temos que temer o pior.

Tenho esperança que, no meio do caos criado pelo governo (??), os cidadãos saibam utilizar as armas que têm para impor os seus direitos.

Que passem das palavras às acções.

Que reclamem (via carta, telefone, mail, etc) sempre que são mal servidos por uma instituição do Estado.
Que recorram aos tribunais para processar o Estado sempre que este atropele as leis.
Que não paguem o que não é devidamente justificado.
Que cobrem juros de mora ao Estado quando este não paga no prazo acordado.
Que não se submetam à autoridade arbitrária dos pequenos chefes que há em muitos serviços do Estado.
Em democracia há sempre alternativas, por muito que alguns nos vendam o contrário.

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