Consta que, nas últimas eleições italianas, dois comediantes, um verdadeiro e um falso (descubra quem é quem), foram os grandes "vencedores" das ditas.
Tanto bastou para que, em Portugal, muitos dissessem que ainda bem que por cá não há disso, ou seja, comediantes políticos.
Somos, como sempre, modestos. Então não temos o Paulo Portas?
Na oposição é vê-lo armado em comediante, ora de boina à lavrador, ora de camisa aos quadrados qual marinheiro de água doce ou ainda de dedo levantado gritando contra a insegurança dos cidadãos ou o aumento dos impostos.
Chegado ao governo logo muda de trajo.
Na sua primeira encarnação, qual ministro da Guerra, vestiu o seu fatinho à inglesa e toca de gastar o dinheiro dos contribuintes (como ele gosta de dizer... quando está na oposição) a comprar submarinos e carros de guerra Pandur e a anunciar, todo sorridente, que o problema dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo estava resolvido (viu-se!).
Agora, qual ministro do Turismo, e com um ar mais blasé, ora de blazer ora de fatinho claro, passeia-se pelo mundo. Só lhe fica bem e até o jornal oficioso do regime angolano deposita nele grandes esperanças (ainda se lembram das bravatas quando outros governantes visitavam a Venezuela e Angola?). Não sei bem porquê e para quê, mas cá estaremos para registar.
Esta semana é vê-lo, na Índia, a masturbar-se publicamente, com um ar de ter conseguido quase um orgasmo, por ter ido inaugurar um ginásio de um português em Nova Deli e ter vendido, ao que parece, mais uns hectolitros de azeite português.
Um verdadeiro punheteiro quando está no governo.
Ainda bem que não somos a Itália.
P.S.: Punheteiro - homem que se costuma masturbar, in Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa.
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