10/02/14

Facebook, paredes de casas de banho e outras merdas

Não estou no Facebook. Ainda estou à espera de um Facebook onde possa escolher inimigos e não apenas amigos.
O Facebook da minha adolescência eram as paredes das casas de banho onde se deixavam mensagens (ou algo parecido) que outros comentariam ou completariam. Para os mais românticos seriam as árvores onde podiam deixar gravado, no respectivo tronco, o seu amor por alguma moiçola, geralmente na forma de dois corações com uma seta a atravessá-los.
Agora qualquer um pode dar a conhecer ao mundo os seus amores através do Facebook, até há quem diga (o Miguel Sousa Tavares) que o mesmo não passa de uma gigantesca página de engates amorosos, ou qualquer coisa do género. Até gajos porreiros (e aparentemente inteligentes) podem dizer disparates. Vantagens da democracia.
Outros ficam muito incomodados porque é um local de bocas e mal dizentes, se não mesmo de insultos.
Pois eu prefiro o Facebook (mesmo não estando nele) aos programas matinais de TV onde fazedores de opinião de trazer por casa fazem comentários sobre tudo e nada, lançando muitas vezes calúnias e mentiras, que são ouvidas por milhares de pessoas e não pelas dezenas (vá lá centenas) de "amigos" faceboquianos.
Ou ainda a jornais (??) como o Correio da Manha (não, não falta o til).
Ou ainda aos fazedores de opinião encartados que, a troco de uns cobres, comentam, em qualquer TV perto de si e em horário nobre, desde a guerra na Síria até ao pitbull que mordeu a criancinha...basta que lhes paguem.


1 comentário:

Paulo disse...

Eu por mim gostava que me pagassem para ir à TV falar sobres as opiniões que tenho sobre quase tudo.
Abraço