Já estou habituado à fixação dos jornalistas, sejam sub-directores ou não, e dos fazedores de opinião no fantasma de José Sócrates, aquilo que estes senhores designam por "tralha socrática", a qual estará colada a qualquer pessoa que tenha estado nos governos dirigidos por José Sócrates.
Pelos vistos Luís Osório está incluído neste grupo de jornalistas. Hoje no editorial do jornal i considera que tais pessoas (onde António Costa estará incluído); "são um activo tóxico, uma força de bloqueio..."
Até parece que quer excluir da vida cívica e política não só José Sócrates mas também quem trabalhou com ele.
Até aqui nada de novo. Haja, apenas, paciência.
No entanto, hoje, Luís Osório vai mais longe e diz que a vitória de António Costa: "é o reconhecimento de que a matriz do Partido Socialista continua a ser a de uma aristocracia urbana e elitista." (sic!!)
O homem deve ter estado a dormir durante o dia de ontem, relembro dia 28 de Setembro de 2014, um domingo, em que cerca de 170.000 militantes e simpatizantes votaram nas primárias do PS tendo dado a vitória a António Costa por 70% contra 30% de António José Seguro.
Êpá, nunca pensei que a nossa aristocracia urbana e elitista fosse tão grande.
Ó Luís vai catar-te.
Mas o "melhor" do editorial está guardado para o último parágrafo.
Então não é que o nosso Luís conseguiu descobrir algo que nunca ninguém tinha visto:
o António Costa é "... o primeiro não branco a liderar um grande partido em Portugal (uma excelente notícia)..."
Reparem na subtileza "a notícia é excelente", mas teve que referir a cor da pele.
Pergunto-me porque raio de ideia uma pessoa, por quem até hoje até tinha uma relativa boa opinião, faz referência à cor da pele de um político.
Será para introduzi-la na agenda de alguns políticos?
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