A "notícia" sobre a não visita de António Costa a José Sócrates continuava nas páginas 2 e 3, numa secção pomposamente intitulada "INVESTIGAÇÂO i"
E Ana Sá Lopes entrou logo com certezas: "Apesar de ter passado o Natal em Montemor-o-Novo, no Alentejo, a 30 quilómetros de Évora, António Costa não aproveitou a proximidade geográfica para fazer a sua primeira visita a José Sócrates..."
Mas eis que hoje, já não na 1ª página do jornal, mas em pequena nota de rodapé na página 4, a mesma jornalista rectifica:
e diz "Ao contrário do que o i noticiou na edição de ontem, o líder do PS António Costa não passou o Natal a 30 quilómetros de Évora,...."
O que na véspera resultava de uma investigação onde eu já imaginava Ana Sá Lopes de óculos escuros e peruca loura, qual Mata Hari do século XXI, numa ruela de Montemor-o-Novo a confirmar que António Costa tinha entrado numa qualquer habitação para passar o Natal, passou hoje para uma notícia.
Pelo menos Ana Sá Lopes não se mascarou de Mata Hari, mas se era uma notícia não poderia a nossa candidata a Mata Hari ter telefonado ao visado para confirmar se tinha passado o Natal em Montemor-o-Novo, afinal tinham-se passado 4 dias sobre a data.
Poderei assim ser levado a concluir que Ana Sá Lopes nem investigou nem noticiou, apenas mentiu e com a agravante que na sua rectificação de hoje não refere o que terá levado à mesma, ou seja uma carta de um tio de António Costa que circula desde ontem na blogoesfera e no Facebook e que transcrevo:
.ANTÓNIO COSTA E O NATAL
Com autorização expressa do autor, tio de António Costa e meu amigo de longa data, divulgo esta magnífica carta, dirigida ao jornal «i» e que recebi há pouco por mail:
Senhor Director,
Relativamente ao título de 1ª página do jornal “I” de hoje (29.12.2014), segundo o qual “António Costa passou o Natal a 30 km de Évora mas não foi ver Sócrates”, acentuando-se no sub-título que “o certo é que, apesar de ter passado a consoada em Montemor-o-Novo, no Alentejo, nem por isso visitou o ex-primeiro ministro”, permita-me V. Exª o seguinte desabafo:
Como é costume desde que me conheço, passei a última consoada com a minha família mais próxima, do lado paterno.
Dessa família faz parte um sobrinho, filho da minha irmã, chamado António Costa, que é Secretário-Geral do PS.
Por mera coincidência, a dita consoada foi passada em casa dele.
Não duvidei, nem por um momento, que o dono da casa fosse o meu referido sobrinho: desde a aparência física, ao tom de voz, passando pelo óbvio conhecimento das pequenas histórias familiares que sempre se relembram nestas ocasiões, tudo indicava tratar-se dele.
Daí a angústia que de mim se apossou ao saber hoje, pelo distinto jornal que V. Exª dirige, que afinal o meu sobrinho tinha passado a consoada a 30 km de Évora e que, ainda por cima ,nem sequer se tinha dignado ir visitar o seu amigo Sócrates.
Compreenderá V. Exª a razão desta angústia: quem era, então, o embusteiro que se fez passar pelo meu sobrinho, enganando-me não só a mim como à mulher, aos filhos, à mãe, ao padrasto, ao irmão, à madrasta, à tia e aos primos do verdadeiro António Costa? E que, ainda por cima, foi obsequiado com presentes de Natal como se à família pertencesse?
Ele sempre há cada uma!
Não fosse haver jornais como o “I” e imagine-se só como a opinião pública andaria enganada…
Bem haja, pois, V. Exª e o seu jornal pelos altos serviços prestados à verdade e à honradez informativa.
Creia-me, com a consideração devida,
Jorge Santos
Advogado
Com autorização expressa do autor, tio de António Costa e meu amigo de longa data, divulgo esta magnífica carta, dirigida ao jornal «i» e que recebi há pouco por mail:
Senhor Director,
Relativamente ao título de 1ª página do jornal “I” de hoje (29.12.2014), segundo o qual “António Costa passou o Natal a 30 km de Évora mas não foi ver Sócrates”, acentuando-se no sub-título que “o certo é que, apesar de ter passado a consoada em Montemor-o-Novo, no Alentejo, nem por isso visitou o ex-primeiro ministro”, permita-me V. Exª o seguinte desabafo:
Como é costume desde que me conheço, passei a última consoada com a minha família mais próxima, do lado paterno.
Dessa família faz parte um sobrinho, filho da minha irmã, chamado António Costa, que é Secretário-Geral do PS.
Por mera coincidência, a dita consoada foi passada em casa dele.
Não duvidei, nem por um momento, que o dono da casa fosse o meu referido sobrinho: desde a aparência física, ao tom de voz, passando pelo óbvio conhecimento das pequenas histórias familiares que sempre se relembram nestas ocasiões, tudo indicava tratar-se dele.
Daí a angústia que de mim se apossou ao saber hoje, pelo distinto jornal que V. Exª dirige, que afinal o meu sobrinho tinha passado a consoada a 30 km de Évora e que, ainda por cima ,nem sequer se tinha dignado ir visitar o seu amigo Sócrates.
Compreenderá V. Exª a razão desta angústia: quem era, então, o embusteiro que se fez passar pelo meu sobrinho, enganando-me não só a mim como à mulher, aos filhos, à mãe, ao padrasto, ao irmão, à madrasta, à tia e aos primos do verdadeiro António Costa? E que, ainda por cima, foi obsequiado com presentes de Natal como se à família pertencesse?
Ele sempre há cada uma!
Não fosse haver jornais como o “I” e imagine-se só como a opinião pública andaria enganada…
Bem haja, pois, V. Exª e o seu jornal pelos altos serviços prestados à verdade e à honradez informativa.
Creia-me, com a consideração devida,
Jorge Santos
Advogado
Palavras para quê, é uma jornalista portuguesa.
3 comentários:
Aninhas:foste minha aluna no liceu,algo distraída,mas muito boa aluna! Um grande beijo.
Gostaria de a adjectivar com vários impropérios mas fico-me pelo de mentirosa compulsiva.
há por aí gente, gente
que sem gente ser.
Ainda pensa ser gente.
Pensa mal. por pensar
Que pensa, pois pensa mal
como qualquer animal,
Pouco propenso a pensar.
Enviar um comentário