12/01/15

Não, infelizmente eu não sou Charlie

Até ontem muitos foram Charlie.
Ainda bem. A ver vamos quantos serão hoje, amanhã e depois.

Eu, infelizmente não sou Charlie.

Por medo e/ou cobardia.
 Por me ter acomodado ao conforto pequeno-burguês de estar à frente da televisão ou do computador.
Por ter deixado de denunciar/participar.
Se calhar por cinismo individualista.
Se calhar por falta de capacidade.


Nem todos são capazes de ser como Charb, Cabu, Tignous e Wolinski, que todas as semanas usavam a sua capacidade criativa para incomodarem os chefes religiosos, os políticos, as polícias, os poderes instalados, mas acima de tudo o conforto pequeno-burguês que muitos de nós procura.
E muitos dos que ontem foram Charlie pactuarão, hoje, amanhã e depois, com limites à liberdade de expressão ou aconselharão os gregos a não mijarem fora do penico, por outras palavras são a favor da liberdade de expressão mas se os cidadãos não votarem como eles querem esses mesmo cidadãos serão punidos.
Quando isso acontecer vamos ver quantos serão Charlie.

Sem comentários: