13/10/15

O meu amigo António (Ribeiro Ferreira e/ou Pinto Basto)

Conheci o António no IST, Lisboa, no início dos anos 70 do século XX. Na altura era o António Pinto Basto, o APB.
Mais velho (uns 4 anos) do que eu, foi um dos responsáveis pela minha militância política no movimento estudantil, ainda antes de 1974, e depois pela "entrada" no Movimento de Esquerda Socialista (MES).
Ainda me recordo que no dia 25 de Abril de 1974 nos encontrámos no Técnico e ele ter apelado aos estudantes, que lá se encontravam, que fossemos para o Largo do Carmo. Assim fizemos, descendo a Av. Almirante Reis e terminando no Chiado.
Depois foram 7 anos de intensa militância no MES, onde o António desempenhou lugares de direcção. Nesse período revelou-se um marxista-leninista feroz, quando no MES essa discussão se fez. Defensor de uma disciplina férrea posso dizer que o sectarismo e extremismo das suas posições deixaram marcas.
Foi, como eu, ao jantar de extinção do MES a 7 de Novembro de 1981:
(António Pinto Basto, o MFB e o Luís Cruz e Silva no jantar)
Depois perdi-lhe o rasto. Encontrava-o ocasionalmente e lia, quando podia, as suas crónicas jornalísticas (agora como António Ribeiro Ferreira). 
Nelas acompanhei a sua viragem à direita que culmina com as crónicas que agora escreve no "i", como esta, datada de ontem.
Apenas um comentário, não à crónica, mas para o António: o extremismo está lá como no passado, mas agora defendes a direita mais radical.
No fundo estás na mesma, António, ou seja parado no tempo, se calhar com pena de não teres 25 anos, mas é avida.
Um abraço.


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