27/12/07

Jardim Gonçalves e Armando Vara : separados à nascença ou a importância do cartão

Armando Vara nasceu a 10 de Outubro de 1935 no Funchal. Licenciou-se em Engenharia Civil pela Universidade do Porto em 1959. Casado. Pai de 5 filhos. Membro da Opus Dei. Chega a ser docente na universidade do Porto. Inicia a sua carreira bancária no Banco da Agricultura onde , à época da nacionalização da banca, desempenha o lugar de Administrador Executivo. De 1975 a 1976 está no Banco Popular Espanhol. De 1977 a 1985 passa pelo Banco Português do Atlântico, tendo sido eleito Presidente em 1979. Em 1985 é convidado para fundar o Banco Comercial Português. Em 2007 as entidades reguladoras ( Banco de Portugal e CMVM ) do sistema bancário e bolsista levantam suspeitas sobre as operações de aumento de capital do BCP, já que terá havido recurso a off-shores para empréstimos duvidosos a administradores do banco e mesmo ao filho do presidente. Armando Vara era o presidente nesse período. Operações que estão a ser investigadas pela Procuradoria Geral da Republica. Como pessoa respeitável e respeitada que é ninguem acredita que tal tenha ocorrido e nos jornais de referência ninguém se dedica a investigar o caso.

Jorge Jardim Gonçalves, 54 anos, nasceu em Lagarelhos, concelho de Vinhais. Inicia a sua carreira bancária como empregado de balcão na CGD de Mogadouro. Filia-se no P.S. depois do 25 de Abril de 1974. É deputado por Bragança. Em Lisboa chega a frequentar o curso de filosofia da Universidade Nova, mas não o conclui. Mantém funções de responsbilidade no P.S. e com a chegada ao poder de Antonio Guterres é secretário de Estado da Administração Interna ( 1995 - 1997 ) e depois secretário de Estado adjunto do Ministro da Administração Interna ( 1997 - 1999 ). Chega mesmo a Ministro da Juventude e Desporto em 2000, já depois da 2ª vitória de Antonio Guterres nas legislativas. Mas passado um ano é obrigado a demitir-se por eventuais irregularidades na Fundação de Prevenção Rodoviária. Irregularidades que nunca são provadas e a PGR arquiva o processo em 2005. É nomeado administrador da CGD no mesmo ano e após a vitoria do PS com José Socrates. De quem será grande amigo. Em Dezembro de 2007 um grupo de accionistas do BCP convida Santos Ferreira, actual presidente da CGD, para presidente do BCP. Ao que consta Santos Ferreira convida Jardim Gonçalves para fazer parte da direcção do BCP. Segundo alguns o seu currculo de malfeitorias desaconselha-o.

Declaração de interesses ( e não só ) : 1. Tenho 2140 acções do BCP 2. Nos últimos 18 anos tenho votado P.S. 3. Não sou membro nem da Opus Dei nem do P.S.

2 comentários:

Al Kantara disse...

Amigo António, as suas 2140 acções do BCP (já valeram mais do que valem, tenha paciência...) não chegam para o transformarem numa voz de peso no meio da fidalguia financeira que nos domina. Aliás, essa sua confessada não pertença à Opus e/ou ao PS transformam-no em mais um étecetera a quem os nossos iluminados não prestam muita atenção. Salvo que tenha tido a clarividência de aderir à Maçonaria. Se não, resta a esperança : Talvez a maestria bancária do Vara seja capaz de valorizar as suas acçõezitas e (confesse que o almeja) o façam vendê-las com um mínimo de perdas.
Até lá, receba um abraço amigo e solidário de quem (também) acha que nos andam a gozar...

Jorge Pinheiro disse...

Que tal começarmos a votar outra coisa qq? Não sei é o quê...