"Viva António,
Esta manhã ao despertar ouvi um som que, pelos vistos, ficou gravado para
todo o sempre: a "fala" selvagem do Jacó que acompanhou uma boa parte da
minha vida. Rapidamente identifiquei que não era o do meu vizinho, pois
pareciam-me vários a "dialogar". O som continuado levou-me à janela do
escritório e no topo da copa da árvore em frente à casa do vizinho observo
seis belos exemplares, dos quais agora te envio umas fotos.
Achei isto extraordinário porque eles costumam habitar as zonas de floresta
densa do Congo e de Cabinda, coisa que em Luanda é inexistente.
Abraço,
Pedro "
Nota : O "Jacó" de que o meu irmão Pedro fala era o nosso famoso papagaio. Foi-nos oferecido em 1961, quando ainda viviamos em Luanda. Veio connosco para Lisboa, no "Príncipe Perfeito" em 1964, acompanhado pelo então Presidente da República, Almirante Américo Thomaz que regressava de Moçambique. Terá morrido em 1987, já não tenho a certeza. Era uma fala barato, bem disposto. Repetia tudo o que ouvia. Desde o nosso ( meu e dos meus irmãos ) " Até logo, Mãe ", quando saíamos de casa até ao sinal horário dos noticiários que ouvia religiosamnete. ao ruido da água das torneiras. Um companheirão.
6 comentários:
Abraço ao Pedro!
:)))
Se calhar, o papagaio, a bordo do "Príncipe Perfeito", sem ninguém saber, disse ao Sr. Presidente da República Almirante Américo Thomaz:" É a primeira vez que estou cá desde a última vez que cá estive ".
Há recordações que não se apagam.
E se naquele tempo fosse o Socrates o 1º ministro?
Com tanto barco e tanto avião em movimento?
Também tenho saudades do Jacó ou do Jacozinho, como às vezes o tratava quando ficava comigo e os donos iam para Alverca... Um bj.Pedro. M.do Céu
Eu tenho um Jacob que se chama Júnior e fala melhor que o Cavaco.Mas não vai concorrer a belém... NÃO QUER!
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