28/04/11

É mais grave do que eu pensava :

O PSD atingiu o estado da indigência intelectual.
O que se compreende. Andaram 6 anos entretidos no ataque e na calúnia a uma pessoa : José Sócrates.
E ao personalizarem desta forma a luta política deixaram de estudar, de reflectir, de discutir ideias.
Não conseguem apresentar 6 ( seis, não peço mais ) ideias articuladas que possam mobilizar seja quem for a votar no partido. Insistem que o que está em causa é correr com José Sócrates. E vão mais longe, dizendo que não negoceiam com o PS se o secretário geral continuar a ser quem é, ou seja, José Sócrates.
É a indigência absoluta.
Há muitos ( não só no PSD ) que dizem que é irrelevante, se não mesmo desnecessário, apresentar um programa eleitoral já que o programa do próximo governo é o pacote que se está a negociar com a Troika.
Mais uma manifestação de indigência intelectual.
Elaborar um programa, seja ele eleitoral ou não, é um processo de aprendizagem pelo qual é necessário passar se queremos concretizar algo. Aprendi isso na escola e depois na vida profissional. É um processo que nos obriga a utilizar os neurónios ( por poucos que sejam, como é o meu caso ) e isso, só por si, já é positivo. Que nos obriga a pensar em cenários e a estudar soluções para esses diferentes cenários. Na maioria  das situações sabemos que não dominamos todas as  variavéis  que afectam esses cenários mas isso é a vida. E quem  pensar que por causa disso não vale a pena elaborar um programa é indigente.
E foi este o estado a que chegou o PSD.
A 5 semanas das eleições legislativas pede-nos que votemos num bando de indigentes.

4 comentários:

Galeota disse...

Uma situação triste e penosa

Santarém disse...

Caro António,

Este post lembra-me certas 'análises' à derrota (limpinha) de ontem do Real Mourinheiro face ao Barça.
- Foi do árbitro – sentenciavam alguns 'daltónicos'.

Portanto, voltando à 'vaca fria' temos, a teu ver, de um lado um bando de indigentes sem programa e do outro um rebanho de seguidores do chefe José com um programa de ilusões, sem qualquer 'mea-culpa', pronto a ser consumido pelos incautos (digo eu).

Eles sabem, mas não convém que se saiba, que são as duas faces da mesma má moeda, montante e jusante do mesmo caudal.

De um lado, um bando de 'colarinhos brancos' que olham para esta crise como uma oportunidade de ouro para implementarem as suas medidas coerentemente liberalizadoras 'à farwest'.
Do outro lado, um grupo (certamente 'bem-intencionado') que ao longo dos anos nos conduziu até aqui, varrendo metódicamente o lixo para debaixo dos tapetes, ensaiando até á exaustão, a ‘quadratura do círculo’, algo que cientificamente se demonstra ser uma impossibilidade, colaborando (in)conscientemente no saque dos recursos públicos em favor da engorda de uma casta de parasitas ao serviço de interesses nada obscuros (digamos assim, para ser simpático).

Por isso, socorro-me da herança que nos deixou o ex-ministro Lino das Arábias e digo : 'JAMAIS'.

Na verdade, já dei, mas vou deixar de dar neste peditório !


Voltando agora ao que é importante :

Bom 1º Maio e tenham a felicidade de haver bom tempo. Não te esqueças da reportagem …

Abraço

Luis Filipe Santarém

António P. disse...

Caro Luís,
Pode ser que tenhas razão e que o inferno esteja cheio de bem intencionados.
Já sobre serem duas faces da mesma má moeda introduzes uma novidade. Mas se a moeda é má o que propões fazer ?
Mas o que eu tento chamar a atenção é o facto de uma das faces não exisitir porque nem sequer pensa.
E não julgues que isso me dá alegria. A ausência de alternativas é lamentável...e como a famosa esquerda da esquerda também já deixou de pensar a situação não é brilhante. Aí estamos de acordo.

Um abraço e aa reportagem não está esquecida :)...faça sol ou chuva

Anónimo disse...

António,

talvez uma pequena pesquisa ajude a resolver o seu problema...

vá lá eu ajudo...
http://www.psd2011.com/programa.asp