10/07/15

Salazar, o IVA da restauração e Estaline

Ontem, na entrevista à TVI, o secretário geral do PS (António Costa) confirmou que, se for primeiro-ministro, desce o IVA da restauração. Foi claro.
Nos comentários pós entrevista lá veio o outro António Costa, esse monstro do jornalismo económico, dizer que "pois é uma intenção bondosa, mas será a actividade da restauração a que interessa ao desenvolvimento do país?" (cito de memória).
Argumento também utilizado (num passado recente) por muitos fazedores de opinião e também por laranjinhas e afins e ainda por outros idiotas úteis.
Como se, quando alguém decide "abrir um negócio", tivesse de reunir com a família e/ou sócios e perguntar (ou inquietar-se): "Mas isto vai ajudar o país?"
Afinal parece que muitos (alguns reivindicando-se de liberais) gostam é de políticas de condicionamento económico ou de planos quinquenais que castram o cidadão.
"Abrir um negócio" não é um gesto de altruísmo.
Se alguém o decide fazer é porque acredita (baseado em análises mais ou menos sofisticadas, por sentimento, porque tem dinheiro, etc) que pode melhorar a sua situação económica e, eventualmente, fazer aquilo que gosta.
Se acredito que consigo isso abrindo um restaurante ou uma pensão, qual é a questão?
Como é óbvio, se o "negócio" correr bem, vai beneficiar terceiros (clientes, empregados, o Estado via impostos, etc) e como tal a "economia nacional" (seja isso o que for).
Antes isso que banqueiros pouco escrupulosos que abriram bancos para o bem da Nação e depois foi o que se viu. E não estou só a falar de Ricardo Salgado. 
Passados 41 anos sobre o 25 de Abril de 1974 é um case study  verificar como ainda há tantas mentes salazarentas no país, algumas vindas directamente do estalinismo militante dos anos brasa (coincidências?).
E o mais curioso é que muitos nasceram depois do 25 de Abril de 1974 ou eram jovens imberbes à data.
Ah!  já me esquecia, que todos estes idiotas úteis se babaram quando o nosso saudoso Álvaro (ex-ministro da economia do actual governo) veio propor a internacionalização do pastel de nata.
Haja paciência!

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